Olá Bauzete, tudo bem?
Quem não quer ter um cabelo de propaganda de shampoo, não é mesmo?
Mas a gente sabe que manter o cabelo bonito e saudável não é fácil.
Ele pode ser agredido por fatores ambientais, como sol e poluição e por processos químicos. Assim os fios enfraquecem, o cabelo fica quebradiço e sem brilho.
Segundo a dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Dra. Claudia Marçal, de Campinas, o cabelo está submetido a diversas condições diárias que colaboram com o desgaste dos fios. “Os agentes externos danosos são agressivos e convertem os aminoácidos presentes no cabelo em seus respectivos derivados, resultando em uma significativa perda proteica”, destaca. “Como o cabelo é uma matéria morta (ele só está vivo enquanto está dentro do folículo piloso), uma vez que ele esteja danificado, não pode ser reparado em sua forma. Se, com frequência, efetuarmos secagens, processos químicos, estilização e exposição ao sol, os danos causados não poderão ser reparados naturalmente”, esclarece.
Os danos são divididos em: químicos, térmicos, mecânicos e solares.
Danos químicos — Os processos químicos de coloração e descoloração são os mais comuns. A dermatologista argumenta que quando a paciente pinta o cabelo, há uma perda proteica causada pela oxidação de aminoácidos no fio. “Essa diminuição dos níveis de queratina leva a uma redução da força capilar, além da remoção de pigmentos naturais”, comenta. “Nos processos de coloração Permanentes e semi-Permanentes, ocorre a abertura das escamas da fibra capilar pela ação de amônia e monoetanolamina”, explica. Segundo ela, os pigmentos iniciam o processo de oxidação na presença da água oxigenada, sendo direcionados ao interior do córtex capilar. Lá, eles reagem entre si, formam uma molécula maior onde são retidos colorindo o cabelo. “Quimicamente, o processo de tintura provoca a quebra das pontes de Hidrogênio e Salinas, isso vai resultar na perda de água e acentuar o comprometimento da resistência, maciez e brilho dos fios”.
O processo de descoloração, no entanto, é o mais agressivo. “A descoloração capilar com uso de Persulfatos (sódio, amônio e potássio) destrói totalmente as ligações de hidrogênio, grande parte das ligações salinas e parcialmente as ligações cisteínicas, resultando em um cabelo extremamente desidratado e fraco. Em processos de descoloração, o tempo e a concentração em volume da água oxigenada são fundamentais para determinar o nível de descoloração e agressão aos fios de cabelo: quanto maior, maior o dano”, alerta.
Dano Mecânico — O ato de passar a escova nos cabelos, quando não são usados produtos ideais, pode comprometer os fios. “Pentes de borracha alteram o ponto isoelétrico do cabelo, o que leva a um desgaste da cutícula (parte externa do fio) e consequente exposição do córtex (parte intermediária do fio)”, comenta.
Dano térmico — A chapinha e o secador podem ser usados todos os dias, desde que você use um produto termoativo antes de submeter os fios ao aquecimento. “A exposição da fibra capilar a altas temperaturas leva ao comprometimento da estrutura, o que pode corromper a harmonia da estrutura, além de perda de água. O segredo está em usar defrizantes com proteção térmica e protetores especiais para escovação.”
Dano solar — Ao ficar muito tempo em exposição, os fios passam por um processo oxidativo devido a ação dos raios UV. “A luz solar afeta a cutícula do cabelo e catalisa a degradação das proteínas, além de provocar a oxidação da melanina através de radicais livres e o comprometimento da queratina. Os danos vão de descoloração do cabelo à redução da força dos fios e perda de brilho”, explica.
Para reestruturar os fios, a farmacêutica e consultora científica da Biotec Dermocosméticos Mika Yamaguchi explica que é necessária uma alimentação rica em oligoelementos como Zinco, Ferro, Cálcio e Manganês, além da suplementação por via oral com silício orgânico biosponível Exsynutriment, além de Biotina, Cisteína, Cistina e Bio Arct e também investir em reparação tópica com ativos ricos em proteínas que o cabelo perdeu.
Os ativos podem ser encontrados em diversas farmácias de manipulação do Brasil, mas o especialista deve ser consultado para indicação da concentração ideal.
Fontes:
· DRA. CLAUDIA MARÇAL
É médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD e da American Academy Of Dermatology – AAD. Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP.
· MIKA YAMAGUCHI
Farmacêutica pela faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP – Universidade de São Paulo, é também cosmetóloga e diretora científica da Biotec Dermocosméticos, empresa fornecedora matérias primas para cosméticos.
Bjks,
Giane Carvalho